O medo de que a onda de violência em São Paulo atinja a si próprio ou a alguém da família é difundida entre 92% dos paulistanos. Destes, 74% dizem ter muito medo de ser atingidos pela onda de violência, e 17%, um pouco de medo. Esse temor é difundido por todas as regiões da cidade, como mostra o gráfico:

O medo de ser atingido pela violência também aparece outra questão, desta vez relacionada à imposição de circular pela cidade. Uma fatia significativa de moradores (44%) diz ter recebido notícias de que não poderia sair de casa por causa da violência, ou seja, de que haveria um toque de recolher em áreas próximas ao local onde moram. Entre os jovens, a restrição à mobilidade na capital mais populosa do país é maior, como é possível observar no resultado por faixa de etária:

Questionados sobre mudanças na dia-a-dia por causa da onda de violência em São Paulo, dois em cada três (65%) paulistanos disseram não ter alterado em nada sua rotina. Entre os 35% que mudaram alguns hábitos cotidianos, 27% declararam espontaneamente ter adotado restrições de horário (não sair de casa à noite, chegar mais cedo em casa, não ficar até tarde em bares, shows e baladas etc); 10% disseram ter adotado restrições de lugares (não passar em algumas ruas, deixar de andar por alguns locais, deixar de ir à faculdade ou escola por um tempo etc); e 1% afirmou ter ficado mais atento, observar mais as pessoas e os motoqueiros, entre outras mudanças na rotina mencionadas.

Essa percepção, que se soma a várias outras sobre o mesmo tema, foi registrada em levantamento realizado pelo Datafolha no dia 22 de novembro na cidade de São Paulo. Para consultar a percepção do paulistano sobre segurança pública, violência e imagem dos policiais e de quem os comanda, foram ouvidos 1082 moradores da capital com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos para mais ou para menos.

Os resultados completos da pesquisa podem ser encontrados no site do Datafolha.